João Barreiros, doutorando do Programa Doutoral em Psicologia, defenderá a sua tese intitulada "Prosocial selectivity: How behavioral information of a potential beneficiary influences decision making". As provas públicas (em Inglês) estão agendadas para o próximo dia 20 de dezembro às 10:00 no auditório B2.03 do Iscte-IUL, e online via Zoom.
Resumo
Esta investigação examinou se era menos provável que jovens adultos ajudassem um alvo em necessidade que foi agressivo para com outra pessoa no passado, e os possíveis motivos dessa decisão. Não ajudar uma pessoa em necessidade que foi agressiva no passado pode ser uma forma de punição, visto que pode agravar a sua necessidade. Uma punição pode ser administrada com os seguintes motivos: a) retribucionista, visando restaurar a justiça, sem qualquer objetivo de mudar o comportamento futuro; b) de incapacitação, i.e., de prevenir ou reduzir futuras ofensas; c) de dissuasão, i.e., de mudar os custos e benefícios de uma possível ofensa tornando-a pouco atrativa.
Hipotetizámos que os participantes de condições de primação dos motivos retribucionista, de incapacitação, e de dissuasão voluntariariam menos tempo do que aqueles de condições de não-agressão e de controlo de motivos de punição. Num pré-teste e três estudos experimentais pediu-se aos participantes para ouvirem e avaliarem um programa de rádio fictício no qual um alvo é entrevistado. Nas condições de agressão o alvo reporta uma agressão a uma colega contendo informação que primava cada motivo de punição. Foi depois pedido aos participantes que voluntariassem tempo para ajudar o alvo. Os resultados sugerem que os participantes inibiram a ajuda com um motivo de dissuasão, e não se confirmaram as restantes hipóteses. Esta investigação mostra que o comportamento prossocial pode ser inibido – quando o beneficiário é agressivo para com outra pessoa no passado – na forma de punição com uma preocupação por outros.
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