Provas Públicas de Doutoramento de Micaela Pinheiro
- CIS-Iscte
- 29 de abr.
- 2 min de leitura

Micaela Pinheiro, estudante do Doutoramento em Psicologia, defenderá a tese intitulada "Resilience of adolescents in residential care: from risk to protection". As provas públicas estão agendadas para o dia 7 de maio de 2025, às 10:00 na Sala de Provas, B327 (Edifício 4) do Iscte-Instituto Universitário de Lisboa. E online através do link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/7441410132
Alterações de sala e ligação Zoom poderão ser atualizadas no site do Iscte.
Resumo:
Os jovens em acolhimento residencial constituem um grupo vulnerável, com dificuldades psicológicas e comportamentais devido a experiências potencialmente traumáticas. A investigação sobre esta população tem-se centrado fundamentalmente nos fatores que explicam as dificuldades de saúde mental, mais do que nas trajetórias de resiliência. Esta dissertação teve como objetivo identificar os fatores de proteção associados à saúde psicológica dos adolescentes em acolhimento residencial, ancorada no Modelo de Portfólio de Resiliência. Foram implementados cinco estudos: (1) uma revisão sistemática dos fatores de proteção para a saúde psicológica dos adolescentes em acolhimento residencial, (2) uma meta-análise com o objetivo de identificar os fatores de proteção que produzem maior tamanho de efeito na saúde psicológica dos adolescentes, (3) um estudo qualitativo com adolescentes, e (4) um estudo qualitativo com profissionais em acolhimento residencial, ambos centrados nas suas perspetivas sobre o conceito de resiliência e os fatores de proteção associados à saúde psicológica, e (5) um estudo quantitativo, baseado numa perspetiva multi-informante (i.e., adolescentes e profissionais) e diferentes medidas (i.e., auto-relato e tarefas) para identificar fatores protetores da saúde mental. No geral, os resultados destes estudos sugerem que a autorregulação, as estratégias de coping e o suporte dos profissionais e da família estão positivamente associados à saúde psicológica dos adolescentes em acolhimento residencial, e que a saúde psicológica é mais do que a ausência de sintomas. Estes estudos realçam a importância das variáveis individuais e contextuais para a resiliência em acolhimento residencial, o que pode informar a prática, a investigação e as políticas neste contexto.
Membros do júri:
Maria Manuela Calheiros (Universidade de Lisboa)
Maria Barbosa Ducharne (Universidade do Porto)
Francisco Simões (Iscte-Instituto Universitário de Lisboa)
Eunice Magalhães (Iscte-Instituto Universitário de Lisboa)