Provas Públicas de Doutoramento de Gustavo Camposano
- CIS-Iscte
- 11 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de abr.

Gustavo Aybar Camposano, estudante do Doutoramento em Psicologia, defenderá a tese intitulada "Pride Against Prejudice: A "Social Cure" for Minority Stress Among Lesbian and Gay Individuals". As provas públicas estão agendadas para o dia 23 de abril de 2025, às 10:00 na Sala de Provas, B327 (Edifício 4) do Iscte-Instituto Universitário de Lisboa. E online através do link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/7441410132
Alterações de sala e ligação Zoom poderão ser atualizadas no site do Iscte.
Resumo
As disparidades de saúde mental entre pessoas lésbicas e gays (LG) e pessoas heterossexuais estão bem documentadas e são frequentemente atribuídas à experiência de stress minoritário resultante do estigma homofóbico. No entanto, a investigação tem dado menos atenção às estratégias eficazes que as pessoas têm para lidar com os efeitos negativos do stress minoritário na saúde mental particularmente a nível individual e interpessoal. Muitas pessoas LG são forçadas a gerir a sua identidade sexual como resposta ao stress minoritário, aproximando-se ou afastando-se da comunidade LGBTQ+, resultando em estratégias de coping individuais ou coletivas. No entanto, as condições que influenciam estas escolhas e a eficácia das mesmas, permanecem ainda incertas. Na nossa investigação estabelecemos uma ligação entre o modelo de stress minoritário e a abordagem da identidade social aplicado em contextos de saúde, testando estes princípios em quatro estudos. O Estudo 1 analisou como as perceções sociais da comunidade LGBTQ+ e as orientações culturais podem influenciar a predisposição para usar estratégias de coping específicas. O Estudo 2 explorou o papel destas perceções sociais na associação negativa entre o stress minoritário e a saúde mental. Finalmente, utilizámos dados transversais (Estudo 3) e longitudinais (Estudo 4) para avaliar a eficácia das estratégias de coping, individuais e coletivas como resposta ao stress minoritário. De um modo geral, os resultados revelam que as estratégias coletivas, como a identificação com a comunidade LGBTQ+ e o apoio social da mesma, estão associadas a resultados positivos de saúde mental, por comparação a estratégias como estratégias individuais como o distanciamento da comunidade LGBTQ+. Além disso, os nossos resultados indicam que a escolha e a eficácia das estratégias de coping são influenciadas pelas perceções sociais das pessoas LG sobre a comunidade LGBTQ+ e pelas suas orientações culturais. Esta tese contribui para a compreensão de como as pessoas LG lidam com o stress minoritário, fornecendo apoio a pessoas investigadoras e profissionais que abordam desigualdades de saúde mental relacionadas com a identidade sexual.
Membros do júri:
Maria Rosa Cabecinhas (Universidade do Minho)
Pedro Nunes da Costa (Universidade do Porto)
Fabio Fasoli (University of Surrey)
Sven Waldzus (Iscte-Instituto Universitário de Lisboa)
Carla Moleiro (Iscte – Instituto Universitário de Lisboa)