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Novo instrumento para avaliar o suporte familiar em caso de dor crónica

Pedro Simão Mendes

Investigadoras do Iscte-Instituto Universitário de Lisboa desenvolveram uma nova escala para avaliar o suporte familiar para a autonomia e dependência funcional de pessoas com dor crónica. O estudo de validação deste instrumento foi recentemente publicado na revista científica internacional The Journal of Pain.

 

A Escala de Suporte Informal para a Autonomia e Dependência na Dor, ou ISSADI-PAIN (do inglês Informal Social Support for Autonomy and Dependence in Pain Inventory), pretende medir a promoção da autonomia/dependência funcional percebida pela pessoa com dor crónica em relação aos seus cuidadores informais, sobretudo familiares. Sónia Bernardes, investigadora no Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS-Iscte), é a primeira autora deste estudo, e explica-nos o processo de desenvolvimento deste instrumento:

“Havia já uma escala dedicada a avaliar estas dimensões em contexto formal, isto é, em instituições de cuidado formal, como lares ou centros de dia e que foi desenvolvida no âmbito do doutoramento da investigadora Marta Matos, orientado por mim e pela Prof. Liesbet Goubert, da Universidade de Ghent. O que fizemos foi adaptá-la ao contexto de cuidados prestados por familiares, sobre os quais este tipo de instrumento escasseia no que se refere à dor crónica.”

Esta escala “foi revista ao longo de um processo que permitiu chegar a uma versão final com 11 itens, o que facilita a sua aplicação”, acrescenta a investigadora. O instrumento permite medir três tipos de ações de suporte em contextos de dor: 1) o suporte promotor de dependência funcional; 2) o suporte emocional promotor de autonomia funcional; 3) e o suporte instrumental promotor de autonomia funcional.

© 2016 Matthias Zomer | Pexels


Assim, a ISSADI-PAIN é uma ferramenta curta, válida e fiável que avalia até que ponto o apoio social familiar à dor promove a autonomia funcional ou a dependência dos indivíduos. É sensível ao género e diferencia as respostas de apoio familiar a pessoas com dor aguda e crónica, podendo assim contribuir para entender o papel das dinâmicas familiares na transição da dor aguda para crónica.


Este estudo foi realizado por Sónia Bernardes, do CIS-Iscte, Alexandra Rei, mestre em Psicologia pelo Iscte, e Helena Carvalho, do Centro de investigação e Estudos de Sociologia do Iscte, com o apoio da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas e da Myos-Associação Nacional contra a Fibromialgia e Síndroma da Fadiga Crónica. As autoras disponibilizam uma versão em Português e uma versão em Inglês. Em colaboração com uma equipa da Universidade de Málaga também já foi criada uma versão em Espanhol.


Texto escrito por Pedro Simão Mendes (Gestor de Comunicação de Ciência)

 

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